Trump divulga detalhes de novo acordo com a China que reduz consideravelmente as tarifas sobre importações do país asiático

  • 11/06/2025
(Foto: Reprodução)
No centro da negociação, estão os chamados minérios raros. Minérios raros: o que são as matérias-primas do acordo comercial anunciado por Trump entre EUA e China O presidente Donald Trump anunciou nesta terça-feira (11) que os Estados Unidos fecharam um acordo comercial com a China. O governo chinês ainda não confirmou. No centro da negociação, estão os chamados minérios raros. Para começo de conversa, de raros eles não têm nada. São abundantes na crosta terrestre. O problema é que não estão concentrados, mas espalhados pelo mundo. A China tem a maior reserva de minérios raros do planeta. Outros territórios com grandes reservas estão na mira dos Estados Unidos – na Ucrânia e na Groenlândia. O Brasil, de acordo com o Serviço Geológico Americano, tem a segunda maior reserva do planeta. O grande desafio hoje é que praticamente só na China se separam esses minérios da rocha, de acordo com o professor Adam Simon, da Universidade do Michigan. Ele disse que a China tem todo o processamento de minérios raros patenteado e que, por isso, vai ser difícil qualquer outro país competir. O mais importante desses minérios raros hoje é o neodímio, que é usado para ímãs, são de um tipo superpotente que resiste a altas temperaturas e que é absolutamente necessário para a indústria da tecnologia, desde os fones de ouvido até armas de guerra. Mas são fundamentais para um grande setor da indústria mundial. É quase impossível fazer um carro hoje sem esses ímãs. Por isso, essa foi a grande cartada do presidente chinês, Xi Jinping. Quando Donald Trump impôs tarifas sobre os produtos chineses, a China revidou com tarifas e também com letras miúdas: proibiu a exportação dos tais minérios raros. A imprensa dos Estados Unidos noticiou que as montadoras americanas entraram em pânico. Donald Trump precisava negociar. Para ganhar mais força, anunciou que ia restringir os vistos para os chineses irem estudar em universidades americanas. Nesta quarta-feira (11), Trump voltou atrás nesta restrição e anunciou um acordo com a China. Ele escreveu o total das tarifas impostas aos produtos chineses será de 55%. Só que desse total, 25% são de tarifas muito antigas, do primeiro mandato dele. Ou seja, as novas taxas somam apenas 30%. É muito menos do que a ameaça de 145%, feita no início de abril. Em troca, Pequim vai fornecer imãs e também vai liberar os minérios raros para os Estados Unidos, mas a liberação vale só por seis meses, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal “The Wall Street Journal”. Oficialmente, o governo chinês não deu detalhes. Autoridades esclareceram que o acordo final ainda não foi aprovado. Trump disse que a relação com a China está excelente. Mas com os minérios raros, a China mantém a vantagem sobre as negociações. E, como os ímãs mostram, precisa de uma virada para os dois países se encaixarem. Trump divulga detalhes de novo acordo com a China que reduz consideravelmente as tarifas sobre importações do país asiático Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM EUA e China chegam a princípio de acordo para restaurar trégua na guerra comercial Tarifaço e minerais raros: EUA e China continuam negociações em Londres

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/06/11/trump-divulga-detalhes-de-novo-acordo-com-a-china-que-reduz-consideravelmente-as-tarifas-sobre-importacoes-do-pais-asiatico.ghtml


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