STF encerra interrogatórios dos réus da tentativa de golpe: veja principais falas

  • 10/06/2025
O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta terça-feira (10) os interrogatórios dos oito réus apontados como integrantes do núcleo central da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Os depoimentos fazem parte da ação penal que investiga uma articulação para manter Jair Bolsonaro no poder, mesmo após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva. Confira os principais pontos da fala de cada um: 1. Jair Bolsonaro — ex-presidente da República Bolsonaro negou qualquer envolvimento em plano golpista, afirmou que não houve ameaça de prisão, e disse que as reuniões com militares discutiam "alternativas constitucionais" após a rejeição de uma ação do PL no TSE. "Não tinha clima, não tinha base minimamente sólida para fazer coisa." Ele também disse que se afastou após a derrota nas urnas e que não convocou nem estimulou protestos: "Eu pacifiquei ao máximo que pude. Fiquei recluso no Alvorada." Sobre os atos de 8 de janeiro e pedidos por intervenção militar: "Quem pede AI-5 é maluco. Isso não existe. É pedir para o senhor praticar o suicídio." Em outro momento, pediu desculpas a Moraes por acusações feitas em 2022: "Me desculpe, senhor ministro. Não tinha qualquer intenção de acusar os senhores de desvio de conduta." 2. Mauro Cid — ex-ajudante de ordens Cid afirmou que Bolsonaro não só viu como discutiu e sugeriu alterações na minuta golpista que previa a prisão de autoridades: “Ele pediu para tirar os nomes de ministros e deixar só Alexandre de Moraes.” Segundo o ex-ajudante, Bolsonaro buscava saber se teria apoio das Forças Armadas para levar adiante o plano. 3. Anderson Torres — ex-ministro da Justiça Torres disse que a minuta encontrada com ele foi descartada, que nunca teve a intenção de executá-la e negou qualquer trama golpista. "Não dei sequência à minuta. Foi algo que chegou, mas não avancei." 4. Augusto Heleno — ex-ministro do GSI Heleno afirmou que as reuniões com Bolsonaro eram informais, que jamais houve discussão sobre ruptura institucional, e que pediu para adiar o depoimento por estar cansado: 5. Almir Garnier — ex-comandante da Marinha Garnier negou ter recebido ordens para aderir a qualquer ruptura e disse que Bolsonaro não lhe ofereceu cargo ou poder: "Em hipótese alguma colocaram as tropas à minha disposição." 6. Paulo Sérgio Nogueira — ex-ministro da Defesa Fez um pedido de desculpas público a Moraes por declarações feitas em 2022 contra o TSE: "Foram palavras mal colocadas. O TSE não era inimigo." Ele também disse que nunca viu a minuta do golpe: "Até hoje eu não sei do que se trata." 7. Walter Braga Netto — ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice Braga Netto negou ter ordenado ataques a comandantes militares e disse que mensagens citadas pela PGR foram tiradas de contexto: "Jamais ordenei ou coordenei ataques a nenhum dos chefes militares." Sobre a entrega de dinheiro em caixa de vinho a militares, disse que achava que era para quitar despesas de campanha: "Não pedi dinheiro, não entreguei dinheiro. Achei que era coisa de campanha." 8. Alexandre Ramagem — deputado federal e ex-diretor da Abin Ramagem negou ter vazado informações sigilosas a Bolsonaro e afirmou que não tratou de articulações golpistas: "Nunca passei informações para o presidente. Nem sabia da minuta."

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/06/10/stf-encerra-interrogatorios-dos-reus-da-tentativa-de-golpe-veja-principais-falas.ghtml


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