Diante de imposição de taxas dos EUA a aço e alumínio, governo estuda reação com 'cautela', mas ainda indefinida

  • 11/03/2025
Com a entrada em vigor da taxação de 25% sobre o aço e o alumínio brasileiros, marcada para a meia-noite desta quarta-feira (12), o governo federal já avalia estratégias de reação para evitar perdas comerciais e manter uma relação equilibrada com os Estados Unidos. Diplomatas e técnicos envolvidos nas negociações acreditam que a resposta do Brasil deve ser cautelosa e estratégica. Uma fonte do governo afirmou que o Brasil não pode escalar o conflito, mas também não pode abrir mão da reciprocidade. "Não podemos escalar, mas também não dá para abrir mão da reciprocidade", revelou um interlocutor do governo. Trump diz que vai dobrar tarifas sobre aço e alumínio do Canadá Outro integrante das negociações comparou a situação a um jogo de tabuleiro, no qual o Brasil precisa evitar que os EUA percam o respeito no comércio bilateral. "O Brasil não pode deixar os americanos perderem o respeito", afirmou. Negociações sobre açúcar Apesar da taxação sobre o aço e o alumínio, as negociações seguem abertas. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, tem mantido reuniões frequentes com representantes do governo norte-americano, e as conversas foram consideradas positivas. Como parte dessas negociações, os americanos manifestaram insatisfação com a tarifa de 18% que o Brasil impõe sobre o etanol importado dos EUA, enquanto os americanos cobram apenas 2,5% sobre o etanol brasileiro. Washington indicou que esperava um gesto do governo brasileiro para avançar nas tratativas. O Brasil, então, sugeriu uma alternativa: deixar de lado a discussão sobre o etanol e negociar uma redução na tarifa sobre o açúcar exportado para os Estados Unidos. Atualmente, os EUA taxam em 80% o açúcar que excede a cota de 146 mil toneladas anuais permitida para o Brasil. O governo norte-americano aceitou incluir esse tema nas discussões do grupo técnico criado para buscar uma solução comercial entre os dois países. A estratégia do Brasil: perder de um lado, ganhar de outro Na prática, a estratégia brasileira se resume a um jogo de compensação comercial.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/blog/gerson-camarotti/post/2025/03/11/com-tarifaco-de-trump-sobre-aco-e-aluminio-brasil-estuda-reacao-no-acucar-e-etanol.ghtml


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