Após pedido de Alcolumbre, Ibama diz que exploração de petróleo na Foz do Amazonas passa por análise, sem data para resposta

  • 04/02/2025
(Foto: Reprodução)
Novo presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, fez pedido a Lula em reunião nesta segunda-feira (3). Ibama tem defendido que área é sensível e precisa ser rigoroso na análise. Mapa com os Estados das Bacias da Margem Equatorial Divulgação O Ibama informou nesta terça-feira (4) que o pedido da Petrobras para exploração de petróleo na Foz do Amazonas ainda está em análise pela equipe técnica do órgão e que não há prazo para uma resposta. A informação foi dada um dia após o novo presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), ter levado o tema ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Motta e Alcolumbre falam de harmonia entre poderes na retomada dos trabalhos do Legislativo 🔎A favor da exploração, Alcolumbre pediu a Lula que o governo autorize a operação. Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, Lula disse a Alcolumbre que "pessoalmente vai resolver" a questão e que o Brasil precisa da riqueza desses royalties. As projeções feitas pela Petrobras dão conta de que a exploração de petróleo na região, se autorizada, pode gerar cerca de 14 bilhões de barris. Divisão no governo O tema divide setores do governo desde que Lula tomou posse, em 2023, e gerou tensão entre os órgãos a favor e contrários à exploração na região. O Ministério de Minas e Energia, por exemplo, cujo posicionamento é alinhado ao da Petrobras — isto é, a favor da exploração —, afirma que o tema está ligado à segurança energética do país. Além disso, o próprio ministro Alexandre Silveira tem dito que avalia ser "essencial" o país repor as reservas de petróleo porque a partir de 2030 a extração do pré-sal deve entrar em "declínio", acrescentando que, num momento de transição energética, o Brasil não pode se tornar um país importador de petróleo. Silveira também atribui a exploração na região à geração de emprego e renda por entender que os recursos, podem, por exemplo, financiar a transição energética. Para o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, porém, a questão envolve uma área sensível, com áreas de proteção e comunidades indígenas, por exemplo. Em audiência no Congresso Nacional, por exemplo, Agostinho explicou que esse cenário faz com que o órgão precise ser mais "rigoroso" na avaliação. Plano de emergência Pessoas ligadas ao Ibama, ouvidos pela GloboNews, disseram que um dos pontos ainda em discussão envolve o plano de emergência da Petrobras. Isso porque o plano inicialmente apresentado previa o atendimento em uma base em Belém (PA), distante cerca de 870 km do poço de exploração. Em dezembro, segundo esses interlocutores, a Petrobras apresentou um novo plano, que prevê uma nova base — mais próxima da área de exploração —, em Oiapoque (distante cerca de 150 km). "Essa nova base está em construção e deve ficar pronta no final de março. O plano ainda está em análise, mas, de fato, a nova base diminui muito o tempo de resposta em um eventual acidente", relatou essa fonte.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/02/04/apos-pedido-de-alcolumbre-ibama-diz-que-exploracao-de-petroleo-na-foz-do-amazonas-passa-por-analise-sem-data-para-resposta.ghtml


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